Orkuticídio, o suicídio virtual.

Mas afinal, porque cargas d'água as pessoas comentem o popular "orkuticídio"? A pergunta é porque entram nisso. Sim, "nisso". As comunidades virtuais são frankensteins, pedaços de um todo sem uma face. Como internalta e imerso no virtual, creio que a internet hoje é a rua "de antigamente". Conheciamos colegas na rua, passavamos o tempo todo na rua, apanhavamos na rua, namoravamos na rua, e quando a rua cansava, voltavamos pra casa. Hoje, tudo isso é feito na internet. Sem generalizações, mas em varios níveis, todos fazemos isso. Bulling virtual hoje está em alta, não?
Os relacionamentos estão cada vez mais frios, e o orkuticídio, é uma forma de gritar. "CHEGA!". Nós somos humanos, calorosos, gostamos e precisamos de abraços, beijos, afagos, vozes. Chega desse mundo RGB. Prova disso são as desculpas.
"- Cansei de tudo, minha vida estava sumindo."
"- Ah, a vida apertou e resolvi dar um tempo."
"- Quero esquecer fulano, e resolvi mudar de vida."
Reconheceu-se em alguma dessas situações? São inúmeras, todas definitivas. E todas mentirosas. Após o orkuticídio, vem a alegria ("-Estou livre!!!"), depois o saudosismo, a saudade e a volta. Nem sempre pro mesmo, afinal, nós nos atualizamos. E isso independe de idade. Tem mais a ver com o grau de envolvimento. Mas afeta ao rico e ao pobre, famoso ou anônimo. William Bonner cometeu "Twittercídio". E voltou, pra alegria de uma nação de seguidores.
A internet é a nossa rua. Mas em exceço, percebemos que ela, não é uma rua. É uma tela. Os motivos pra alguém se permitir imergir nas comunidades virtuais são infinitos, e os motivos pra sair são mais numeroros ainda. A certeza mesmo é que qualquer que seja o motivo pra fugir desse virtual, ele é mentiroso. O orkuticida não quer sumir. Quer gritar. E ser notado.
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